A capoeira teve origem no século XVII e se desenvolveu como forma de sociabilidade e solidariedade entre os africanos escravizados e, também,  como estratégia para lidarem com o controle e a violência. Para não despertarem suspeitas, os escravos adaptaram os movimentos da luta aos cantos da África, fazendo tudo parecer uma dança. Com o passar do tempo, a capoeira foi ganhando a forma como é hoje: gingada.

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Atualmente, ela é um dos símbolos da identidade brasileira e está presente em todo território nacional, além de ter praticantes em muitos outros países, em todos os continentes. A Roda de Capoeira é uma das manifestações culturais mais conhecidas no Brasil e reconhecida no mundo, e, em 2014, recebeu o  título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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Em Divinópolis, o capoeirista Eudes Mizael da Silva, graduado em Educação Física – licenciatura pela UEMG e, atualmente, estudante do curso no bacharelado, ministra, na quadra de esportes da unidade, oficinas de capoeira por meio do projeto de extensão “Das senzalas à universidade”. Ele contou um pouco mais sobre como se iniciou a oficina. “Em 2011, eu tive a oportunidade de apresentar a capoeira aqui, no 1º período de Educação Física - licenciatura. Em 2013, conseguimos a aprovação do projeto de extensão pelo PAEx [Programa de Apoio a Projetos de Extensão da UEMG] e, agora, em 2016, é a segunda edição. A gente está dando continuidade a um trabalho que começou em 2011”.

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Os pais de Luiz Henrique, um dos participantes das aulas de capoeira, incentivaram o filho a participar da oficina e hoje, depois de três meses, o garoto de apenas nove anos fala sobre a importância do esporte. “A capoeira é importante pra fazer defesa, para poder exercitar e para quem gosta do esporte”. As aulas de capoeira são realizadas às segundas e quartas-feiras, a partir das 17h40. Atualmente, há uma média de 20 pessoas compondo o grupo de alunos, ente crianças, adolescentes e adultos.