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Consciência coletiva: a dengue é um problema de todos

Emanuela Souza

Nos últimos anos, os casos de dengue elevaram-se a um número estrondoso. A doença que até 2011 atingia pouca parcela da população claudiense, chegou a números alarmantes no último ano. Com as recentes descobertas sobre o vírus, a população se sente cada vez mais amedrontada pelos males trazidos pela doença. Com um crescimento tão rápido de casos, chegamos a nos perguntar: como deixamos isso acontecer? Podemos atribuir isso ao descuido. Descuido de uma população que aceitou o mais confortável.

Só este ano, a Vigilância Sanitária registrou 90 residências com focos do mosquito. Cerca de 35 locais na cidade de Cláudio são considerados “pontos estratégicos”: locais como ferros velhos e lotes vagos que precisam de vigilância constante. É necessário fazer a manutenção a cada 15 dias, sendo que em zonas rurais os casos são praticamente zero. Recentemente, a Prefeitura Municipal adotou o uso do fumacê devido ao número de casos que só aumentava.

A mídia é uma chave importante para informar e conscientizar a população: panfletagem, reportagens em jornais, além de contar com campanhas de conscientização nas escolas são recursos que ajudam muito. Se o poder público investe tanto em campanhas para disseminar a informação, por que o número de pessoas atingidas apenas cresce? A resposta objetiva é comodidade. A população não viveu uma realidade de crise, ela não foi preparada para tempos de transtorno. O conforto fez sumir o medo, sem o medo as pessoas começaram a se descuidar.

“Em alguns lugares, a gente volta três ou quatro vezes e as pessoas não mudaram absolutamente nada”, observa Fábio de Moraes Lopes, agente da Vigilância Sanitária. Se a própria população não colabora para que as ações dos órgãos públicos sejam efetivas, não receberemos resultados concretos.

Em grande parte dos moradores, ainda falta à chama consciência coletiva. Uma casa infectada pode atingir um bairro inteiro. É necessário entender que a dengue não é combatida por uma ou por duas pessoas. O empenho dos órgãos públicos de nada adianta se cada um não fizer a sua parte. É necessário deixar o egocentrismo de lado e pensar no bem comum de todos a sua volta.

Fotos: Emanuela Souza

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