FLID recebe autores expoentes da cultura brasileira
João Victor Tavares
Uma mineira e um paraense estiveram juntos na FLID para uma ampla discussão sobre literatura, identidade e diversidade cultural. O evento aconteceu no palco do Teatro Usina Gravatá, a partir das 16h do sábado, 20 de agosto, e levou ao público presente um pouco da experiência desses dois grandes expoentes da cultura brasileira.
A mineira é Conceição Evaristo, referência em contos e estudos sobre a cultura negra e questões de gênero e possui escritospublicados internacionalmente. A escritora, graduada em Letras pela UFRJ, mestre em Literatura Brasileira pela PUC-Rio e doutora em Literatura Comparada pela UFF, é também vencedora do prêmio Jabuti 2015, com a obra "Olhos d'Água" e traz em sua escrita a "escrevivência". Durante o bate-papo, um dos temas abordados por ela foi a produção literária, que você confere a seguir.
O paraense é Daniel Munduruku, escritor indígena, pós-doutor em Literatura pela UFSCar e presidente do Instituto Uka - Casa de Saberese Ancestrais. Ele desembarcou em Divinópolis com histórias e reflexões sobre a cultura indígena.
Munduruku recebeu da Academia Brasileira de Letras, em 2008, o Prêmio ABL de Literatura Infanto-Juvenil pela obra "O olho bom do menino" e também um prêmio Jabuti, em 2004, com o livro "Coisas de índio - versão infantil". O escritor busca desmistificar em seus livros a figura folclórica do índio, procurando discutir identidade, histórias e memórias. Um pouco da discussão que houve no Teatro Usina Gravatá, está no áudio abaixo.
Ao final do bate-papo, Conceição Evaristo e Daniel Munduruku presentearam o público com a leitura de trechos de suas obras "Histórias de leves enganos e parecenças" e "Você lembra, pai?", respectivamente, que você pode acessar a seguir.